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QUEM TROUXE A TATUAGEM PROFISSIONAL AO BRASIL?

 

Quem trouxe a tatuagem profissional ao Brasil foi um dinamarquês – Knud Harald Lucky Gregersen – o Lucky Tattoo, nascido em Copenhague (Dinamarca) em 1928.

Ao caminhar em nosso coworking, você verá uma arte dedicada ao Lucky Tattoo, feita pelo artista Gelin.

tatuagem profissional

Em 20 de junho de 1959, ele chegou em Santos (cidade portuária paulista) e trouxe a primeira máquina elétrica para o país. Lucky Tattoo viajou pelo mundo espalhando a técnica que aprendeu com seu pai, Jen Gregersen, tatuador que ficou famoso por tatuar Frederick IX (rei da Dinamarca) nos anos 30 e 40.

Teve a sua primeira loja nas proximidades do cais, zona de boemia e prostituição da cidade, isso contribuiu para os preconceitos e a discriminação da atividade. 

Em seu estúdio, o movimento era intenso, circulando diversos indivíduos como marinheiros, imigrantes envolvidos com álcool e drogas, além de prostitutas, fortalecendo a marginalização da tatuagem que perdurou por longos períodos. 

Na porta de seu estúdio havia os dizeres: It’s not a sailor if he hasn’t a tattoo” (Você não é um marinheiro se não tiver uma tatuagem). 

Seu trabalho era bastante desejado porque era o único na época a criar esse tipo de arte. Ficou muito conhecido no Brasil nos anos 70 quando tatuou surfistas, como o carioca José Artur Machado, Petit, o “Menino do Rio” com seu dragão tatuado no braço, citado na canção de Caetano Veloso.

Uma famosa revista da época “O Cruzeiro” contou um pouco da história e do trabalho de quem trouxe a primeira tatuagem profissional para o Brasil e da América do Sul. A reportagem mostrava uma fotografia do atelier pioneiro da tatuagem brasileira, onde ele tatuava no fundo da loja e na frente vendia souvenirs, lembranças recolhidas dos países que percorreu antes de se fixar no Brasil. 

Nas paredes do estúdio haviam molduras com desenhos para que os seus fregueses pudessem escolher as suas tatuagens.

MERGULHANDO NA HISTÓRIA DO LUCKY

Lucky viveu em São Paulo por mais de 20 anos, casou-se com uma brasileira e teve um casal de filhos (Erna e Frederick Gregersen). 

Depois que assaltaram sua loja em Santos, ele se mudou para Arraial do Cabo no Rio de Janeiro, onde faleceu um ano depois, em 1983, no auge de sua carreira, com 55 anos, vítima de um ataque cardíaco. 

Deixou um legado imenso de sua arte. Lucky Tattoo dizia que a tatuagem profissional é uma arte sublime, cujos segredos passam de pai para filho, lembrando que o seu irmão e pai foram famosos tatuadores em Copenhague.

Depois de fazer o desenho com lápis de cor, Lucky Tattoo usava para perfurar a pele, a maquininha especialmente fabricada por seu pai na Dinamarca, tomando os cuidados para não infeccionar o local. 

Hoje, da mesma maneira, a tatuagem é feita com tinta injetada por intermédio de agulhas finas que penetram cerca de 2 mm de pele até atingir o local adequado.

O dia 20 de junho ficou conhecido como “Dia do Tatuador” em homenagem a Lucky Tattoo, porque foi o dia em que ele chegou ao Brasil. Foram mais de 45.000 pessoas tatuadas por ele em seus 30 anos de carreira artística. 

Hoje, é seu filho (George Frederik Gregersen, o Fred, de 46 anos) que cuida da memória da tatuagem profissional no Brasil, mantendo quase intacta a sala onde o pai trabalhou e para preservar a história do primeiro tatuador profissional do Brasil, há na parede, fotos, desenhos e um quadro feito pelo próprio Tattoo.

Knud Harald Lucky Gregersen, conhecido como Lucky Tattoo inspirou muitas pessoas a seguirem essa profissão no Brasil.


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